quarta-feira, 12 de dezembro de 2012







Ele não ligava, nem mandava mensagem durante semanas. Mas tinha uma mania sacana de aparecer quando ele já tava quase desaparecendo da minha cabeça. Era carência, tava na cara – e faltava vergonha na minha, porque eu sempre acabava cedendo. Não me dava valor e ainda ficava indignada por ele não dar também. Eu aceitava ser a última opção e ainda tinha a cara de pau de espernear e choramingar por ai...
Usando a maldita frasezinha clichê de que nenhum homem presta. Claro que ele não ia prestar, pra que prestar com alguém que transpirava falta de amor próprio? Ninguém ama quem não se ama, ninguém respeita quem não se respeita – doloroso, mas verdadeiro. E quando você não tá na onda de ser amada, ta tranquilo - um supre a carência com o outro e fim de papo. Mas eu tava afim de sentimento, tava super na onda de mãozinha dada e ligação de madrugada só pra ouvir um ''tava pensando em você''. E claro que ele não ligava, a gente quase sempre só pensa antes de dormir em quem causa aquele nervosinho de incerteza dentro do nosso peito – e eu tava sempre ali, um poço de certezas, não tinha porque ele pensar. Muito menos ligar. E foi ai que eu mudei. Parei de aceitar o último pedaço do bolo, se o primeiro pedaço não fosse pra mim, eu simplesmente ia embora da festa – não me servia mais. E olha só que mágico, ele nunca me chamou pra tantas festas e nunca vi alguém me oferecer tantos pedaços de bolo – a mágica só não foi tão boa porque eu simplesmente não queria mais. Não queria mais mágica, não queria mais bolo, não queria mais ele. Quando a gente passa a se valorizar a gente consegue enxergar nitidamente quanto os outros valem – e ele valia tão pouco, desencantei. Peguei meu coração e coloquei ele lá no topo de uma árvorezinha danada de alta, e vou te falar, nunca vi tanta gente disposta a escalar – homem adora um desafio. Pois bem, que vença o melhor!



sábado, 24 de novembro de 2012

 
Por isso, te pedi: antes que o amor bonito vire uma lembrança doída, vamos nos distanciar. 

— Clarissa Corrêa




sábado, 17 de novembro de 2012

Aconteceu...

 



E finalmente a gente conseguiu se ver.
Senti seu cheiro, acompanhei sua expressão, mergulhei no seu abraço e pude te dizer olhando nos olhos o quanto prefiro você perto, do que longe.
Enquanto eu falava, percebia você olhando pra minha boca, eu sabia de parte das suas intenções com ela e que no fundo, eram minhas também. Era claro o quanto eu te desejava. Aliás o desejo é uma das coisas que nunca consegui esconder. Camuflo, disfarço, até que em um dia qualquer assumo: morro de vontade de você.
E o fantástico é que entre a gente não tem nada de etapas, frescuras, nem perdemos tempo em dar nome pro que a gente tem, só gastamos o tempo sentindo.
E que delícia esse sentir. Trocamos a vontade pela possibilidade.
E eu te senti inteiro. Todo meu. Você trocou minhas inseguranças pelo toque de suas mãos de artista, que me moldavam com tamanha perfeição, troquei letras por gemidos intensos e voz ofegante. Você não era como eu imaginava. Você era algo que nunca imaginei. Tive toda minha extensão de pele tocada por suas mãos atrevidas e curiosas. Passamos o tempo todo entregues a sensação de ser tão livre a ponto de se prender. O momento fez valer a vida inteira em 24 horas. Pouco importou quais suas músicas preferidas, seu time, seu passado, seu presente, seu futuro. Importou que quando esteve em meus braços, se permitiu ser meu. E depois, encostei minha cabeça no seu peito e entre um suspiro e outro eu te disse bem baixinho, até com medo de você ouvir: Queria que durasse pra sempre. E você acariciou meus cabelos e disse: E vai durar, em algum lugar aqui dentro da gente. 

terça-feira, 27 de março de 2012

''Remar. Re-amar. Amar."


Um dia você me disse que era pra pensar direito o que eu queria da vida, pois tinha aberto mão de muita coisa pra ficar comigo. Hoje estou aqui pra te dizer que eu abrir mão de mim mesma, pra te ter de volta.
(Thaís Lopes)

domingo, 12 de fevereiro de 2012


Talvez isso mude. Talvez você entre na minha vida sem tocar a campainha e me sequestre de uma vez. Talvez você pule esses três ou quatro muros que nos separam e segure a minha mão, assim, ofegante, pra nunca mais soltar. TALVEZ.

                                                    Caio Fernando Abreu


segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012



E a saudade??
                  Ah... essa cala a minha boca e molha os meu olhos.
(Thaís Lopes)