sábado, 24 de novembro de 2012

 
Por isso, te pedi: antes que o amor bonito vire uma lembrança doída, vamos nos distanciar. 

— Clarissa Corrêa




sábado, 17 de novembro de 2012

Aconteceu...

 



E finalmente a gente conseguiu se ver.
Senti seu cheiro, acompanhei sua expressão, mergulhei no seu abraço e pude te dizer olhando nos olhos o quanto prefiro você perto, do que longe.
Enquanto eu falava, percebia você olhando pra minha boca, eu sabia de parte das suas intenções com ela e que no fundo, eram minhas também. Era claro o quanto eu te desejava. Aliás o desejo é uma das coisas que nunca consegui esconder. Camuflo, disfarço, até que em um dia qualquer assumo: morro de vontade de você.
E o fantástico é que entre a gente não tem nada de etapas, frescuras, nem perdemos tempo em dar nome pro que a gente tem, só gastamos o tempo sentindo.
E que delícia esse sentir. Trocamos a vontade pela possibilidade.
E eu te senti inteiro. Todo meu. Você trocou minhas inseguranças pelo toque de suas mãos de artista, que me moldavam com tamanha perfeição, troquei letras por gemidos intensos e voz ofegante. Você não era como eu imaginava. Você era algo que nunca imaginei. Tive toda minha extensão de pele tocada por suas mãos atrevidas e curiosas. Passamos o tempo todo entregues a sensação de ser tão livre a ponto de se prender. O momento fez valer a vida inteira em 24 horas. Pouco importou quais suas músicas preferidas, seu time, seu passado, seu presente, seu futuro. Importou que quando esteve em meus braços, se permitiu ser meu. E depois, encostei minha cabeça no seu peito e entre um suspiro e outro eu te disse bem baixinho, até com medo de você ouvir: Queria que durasse pra sempre. E você acariciou meus cabelos e disse: E vai durar, em algum lugar aqui dentro da gente.